sexta-feira, agosto 26, 2005

Frenesim

Frenesim

Esta necessidade de escrever,
ser inferior ao que se pode ver
enquanto as bebedeiras inundam
ideias que entristecem e afundam.

O sangue torna-se num mar revolto,
esperneia nas veias por sobreviver.
Mudo, um grito, pelo mundo solto
fecha os olhos, tentando ver.

Tudo é loucura, incessante frenesim.
Ganhar o céu sem sair do chão
numa dança que nunca tem fim,
onde o tempo se perde em vão.

Tudo é busca de ternura.
Luta que não se pode ganhar.
Enquanto a tempestade dura,
não importa perder, mas sim lutar.

………………(Nelson Gonçalves)






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