(de)Gelo
(de)Gelo
Débil, gasto e consumido…
Um frágil bloco de gelo no meio do mar, perdido.
Invadido por um frio que há anos me afronta
Dor lancinante que a cada onda mais me amedronta.
Um mero bloco de gelo que vagueia pelo mar,
Na constante iminência de ruir ou se afundar.
Despojos de algo que em tempos se confundiu
Com a fonte da vida, uma nascente, um rio.
Navego sem rumo, solitário e inerte,
Apenas vivo numa lágrima que o sol me derrete
Nascida de uma qualquer inútil esperança
Que, em poucos segundos, de morte se cansa.
Débil, gasto, consumido e prestes a me entregar,
Perdido, sou bloco de gelo no meio do mar.
............Nelson Gonçalves (12/05/2008)
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