quinta-feira, abril 10, 2008

Três letras


Hoje é um desses dias em que tenho a sensação que nada me resta, que nada me serve. E que a única coisa que posso pedir-te são três letras…
Não precisas parar para conversar, muito menos sorrir se tal não te apetecer.
Mas sem essas três letras o tempo arrasta-se por mim como se não tivesse fim e sinto-me encarcerado nesta solitária com a certeza de que a minha punição está longe de ser cumprida. Por isso preciso de alguns momentos de ilusão, para conseguir suportar o passar dos dias nesta jaula deserta a que se convencionou chamar de vida. Preciso dessa ilusão para continuar a sobreviver mais algum tempo, enquanto a esperança não lança o seu ultimo suspiro e se entrega definitivamente ao destino.

E passas por mim uma e outra vez como se eu fosse invisível… como se eu não existisse… como se eu não te estivesse a pedir nada…
E, no entanto, tudo o que te posso pedir nestas alturas não é mais que um mísero “olá”.




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