No covil da ruína
intitulada Torment.
Este é o dia que mais vontade dá de trancar-me no meu quarto e não sair de lá para nada que seja. Nem deixar entrar nada, nem ninguém. Nada que se intrometa no caminho para o oblívio.
Fazer com que o universo se esqueça de mim e que eu me esqueça que existe um universo para lá destas quatro paredes, deste tecto e deste chão.
Impedir os sonhos cor-de-rosa alheios de passarem por aquela porta, de entrarem no meu mundo, tranformando-se em sombrios pesadelos que me atormentam insistentemente.
Hoje é o dia que mais vontade tenho de desaparecer da face da Terra. Deixar que estas paredes abafem qualquer resto de humanidade, permitindo-me sorver a ultima réstea de oxigénio que vagueie pela atmosfera, como se fosse um último suspiro da salvação impossível de se tornar realidade.
Esconder a cabeça debaixo das mantas, para assim impedir o sol de nascer, durante vinte e quatro infindáveis horas de tormenta perpétua, que se fazem arrastar num ciclo vicioso de tortura.
E apenas me levantar quando o mundo já não existisse e o absurdo da minha existência fosse a única normalidade tangível, nem que fosse por falta de termos de comparação.
Hoje já devia ser 15 de Fevereiro... e eu tenho de sair de casa.
...hoje continuo a ser a minha pior companhia.
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