Sim, venho "cá" de tempos a tempos
Para quem diz que ando sempre num mundo à parte, aproveito para dizer que passei por "cá", pelo “vosso” mundo. Hoje que foi assinado um tal de Tratado de Lisboa. Esta semana em que faz anos que o Titanic se afundou (12 de Dezembro – não, não vou meter nenhuma musica da Celine Dion aqui).
Esta semana, no sábado passado, passou também um dia que foi muito marcante na vida de uma das autoras que mais me influenciou até hoje.
A 8 de Dezembro de 1894 nasceu. No mesmo dia, mas de 1913, casou pela primeira de três vezes. No mesmo dia, mas de 1930, punha fim à sua própria vida a maior poetisa portuguesa de todos os tempos. Aqui deixo uma singela homenagem.
Florbela Espanca
(08/12/1894 - 08/12/1930)
Vaidade
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...
(Florbela Espanca)
Esta semana, no sábado passado, passou também um dia que foi muito marcante na vida de uma das autoras que mais me influenciou até hoje.
A 8 de Dezembro de 1894 nasceu. No mesmo dia, mas de 1913, casou pela primeira de três vezes. No mesmo dia, mas de 1930, punha fim à sua própria vida a maior poetisa portuguesa de todos os tempos. Aqui deixo uma singela homenagem.
Florbela Espanca
(08/12/1894 - 08/12/1930)
Vaidade
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...
(Florbela Espanca)
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