segunda-feira, julho 28, 2008

Analogia barata



Passamos a vida no areal branco, a ver as marés passarem, as calcorrear outras pegadas de um lado para o outro. Vamos molhando os pés, passeando lado a lado com a agua ou simplesmente à distancia, nas dunas, a salvo da rebentação e do fascínio que ela provoca.
Eventualmente, de tempos a tempos, damos um ou outro mergulho, sem grande significado e voltamos para a areia. Outras vezes o mergulho até significa um pouco mais e queremos ficar na agua mais tempo, mas é o próprio mar que nos envia de volta para a areia. Não era a maré certa, dizem umas marés… por vezes nem dizem nada e vão-se embora.

E assim vamos andando, entre o mar e a areia.

Uma vez por outra encontra-se uma maré mais aprazível, que nos prende mais a atenção. E quando se consegue entrar na agua nessas alturas, em vez de um simples mergulho, a vontade é ficarmos mais tempo na agua, onde tudo parece maravilhoso, independentemente de ser uma maré calma ou revolta.
E o mar aceita-nos por uns tempos… até ao dia em que somos novamente expulsos pela maré. Pode até acontecer que se saia pelo próprio pé, seja por vontade própria ou pura e simplesmente porque aquela não era a maré certa.

E volta-se de novo para a areia. Talvez para mais um ou outro mergulho de cabeça, para mais uns passeios ou apenas para estar com os amigos, a ver a maré passar em todo o seu esplendor.

À espera da maré certa que nos leve definitivamente.

E eu… eu apenas estou sentado no areal… a ver a rebentação… e as ondas que passam...




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