Anjos na Terra
Não tenho tido grande vontade de escrever, ultimamente. A inspiração parece que tem andado desviada do meu horizonte, no entanto a minha musa tem povoado a minha mente mais que nunca. Até parece que cada dia tem mais de vinte e quatro horas, pois dá a sensação que penso nela bem mais tempo que isso, por dia.
E, no entanto, não me sai nada de jeito. Os ultimos textos que escrevi, onde tenho quase sempre mencionado alguma coisa a ela, não são nem de perto nem de longe, nada do que eu quero escrever. Não quero escrever odes à desgraça que estará para vir, mas sim textos repletos de alegria, para que ela veja que posso ser engraçado, que este meu sentimento por ela não tem necessáriamente ser uma desgraça para a humanidade. E não o é. É apenas dos sentimentos mais fortes que já senti até hoje... e o que me vai fazendo passar os dias com arrelias, sorrisos e imaginação, tristezas, alegrias e respiração.
Sei que o tempo está a chegar ao fim, e queria antecipar-me a esse fim, para não ficar para trás, definitivamente, apesar de continuar a achar que é mesmo isso que me espera. Nunca na vida uma musa destas iria olhar para mim da mesma maneira que olho para ela. Até porque ela merece vôos bem mais altos do que aqueles a que alguma vez poderei almejar.
A mim resta-me continuar a tentar chegar mais alto, acompanhando-a até onde posso, enquanto ela não sobe até onde eu não a consiga alcançar... de vez. E no fim, só tenho de agradecer todos os momentos que me proporcionou, sabendo que vou viver o resto da vida a pensar como teria sido bom.
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