domingo, janeiro 28, 2007

Uma espécie de coisa


Uma última vez

Explodes no meio da noite
em milhares de raios de luz,
como que dizendo ao sol
que não se encontra sozinho.
Da energia que libertas
ilumina-se um mar de mariposas
e um céu de aguarela
com o lado desconhecido da lua.
Por mais que te chame não ouves.
Passo por ti como se nada fosse,
como se o céu não tocasse o chão,
ou as ondas não morressem na praia.
A tua indiferença mata-me,
como já me matou tantas vezes.
Mata-me uma ultima vez, peço-te...
Mata-me... mas que seja de amores.

................Nelson Gonçalves (18/01/2007)



A imagem é um detalhe de Gates of Hell (Portas do Inferno), de Rodin.






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