Shortstory
digna de ser uma curtametragem vencedora de vários festivais internacionais de cinema...
(... digo eu, que não sou mais que o insuspeito autor do mesmo)
Na rua os gatos ronronavam de prazer, com o consumar do ritual de acasalamento, à luz quase nula de uma lua nova e vazia, ao mesmo tempo.
Do lado de dentro do quarto o acto já havia sido consumado, e agora não mais restava que dois corpos prostrados numa cama desfeita à pressa. Dois corpos nus, um cansado o outro nem tanto. Os dois de costas voltadas um para o outro, meio encolhidos, entregues ao seu proprio abrigo intimo. Separados pelo frio dos espaços que sobram, entregues à melodia silenciosa dos segundos vagarosos que passam sem se dar conta.
O tempo passava e ele, sem nada que fazer, nem conseguindo dormir, põe-se a pensar:
"Bolas, ali está ela, toda encolhida. Deve sentir-se só, usada como se de um objecto se tratasse. Eu sei que foi só sexo sem qualquer significado, mas consigo melhor que isto, consigo da-lhe um pouco de conforto, mesmo que só por uns instantes."
Vira-se para ela e põe-lhe a mão sobre a cintura, ao de leve. Nisto ela pensa: "Porra! Mas será que não se pode ter sexo só pelo sexo?? Não sou uma coitadinha que para aqui ficou largada ao acaso, nem me sinto usada e jogada fora. Que mal há em dormir um bocadinho depois de sexo casual?? Será que não se pode dormir??"
Senta-se na berma da cama, começa a apanhar os seus pertences e diz:
- Faz-se tarde, tenho de ir.
- Se tens de ir, pois então vai - respondeu ele.
Quando ela se aprontava para abrir a porta de saída ele disse:
- Prazer em conhecer-te.
Quando a porta se está a fechar ela responde: - Não me conheces... e sim, o prazer foi todo teu!
Na rua os gatos ronronavam de prazer, com o consumar do ritual de acasalamento, à luz quase nula de uma lua nova e vazia, ao mesmo tempo.
Do lado de dentro do quarto o acto já havia sido consumado, e agora não mais restava que dois corpos prostrados numa cama desfeita à pressa. Dois corpos nus, um cansado o outro nem tanto. Os dois de costas voltadas um para o outro, meio encolhidos, entregues ao seu proprio abrigo intimo. Separados pelo frio dos espaços que sobram, entregues à melodia silenciosa dos segundos vagarosos que passam sem se dar conta.
O tempo passava e ele, sem nada que fazer, nem conseguindo dormir, põe-se a pensar:
"Bolas, ali está ela, toda encolhida. Deve sentir-se só, usada como se de um objecto se tratasse. Eu sei que foi só sexo sem qualquer significado, mas consigo melhor que isto, consigo da-lhe um pouco de conforto, mesmo que só por uns instantes."
Vira-se para ela e põe-lhe a mão sobre a cintura, ao de leve. Nisto ela pensa: "Porra! Mas será que não se pode ter sexo só pelo sexo?? Não sou uma coitadinha que para aqui ficou largada ao acaso, nem me sinto usada e jogada fora. Que mal há em dormir um bocadinho depois de sexo casual?? Será que não se pode dormir??"
Senta-se na berma da cama, começa a apanhar os seus pertences e diz:
- Faz-se tarde, tenho de ir.
- Se tens de ir, pois então vai - respondeu ele.
Quando ela se aprontava para abrir a porta de saída ele disse:
- Prazer em conhecer-te.
Quando a porta se está a fechar ela responde: - Não me conheces... e sim, o prazer foi todo teu!
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