Oblívio
Soneto ao esquecimento
Que se solte a voz num cântico insolente
Desenhando formas de sonho e de luar
E que no meio de tudo e nada se invente
Terra, fogo, agua e ar.
Que se cure toda a alma doente
E se revoltem as ondas no fundo do mar:
A luz pertence à gente que sente,
Quem não se entrega nem se deixa derrotar.
Que soem bem longe os ecos da vitoria
Louvando quem em voz alta exclama:
“eu não, não me deixei dominar pela fama!”
Em vão, inóspito esforço da luta inglória,
é grito murmurado que perdeu a chama
E não sabe porque luta, não sabe quem ama.
…………………….Nelson Gonçalves (21/1/2008)
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