segunda-feira, março 16, 2009

De derrota em derrota, até à desilusão final



Como a glória pode ser tão efémera? Como é que uma mínima vitória (mesmo que apenas parcial, e proclamada unilateralmente) pode ter tão pouco valor e durar tão pouco tempo?

É injusto!

Dizer que é escusado é pouco.
Chega a ser injusto.
Depois de terem passado tão poucos meses desde que declarei guerra a mim mesmo, e coloquei bem alta a fasquia que dizia que iria conseguir esquecer-te.
Depois de passados tão poucos dias desde que pela primeira vez me achei com moral para gritar vitoria, mesmo que apenas num suspiro que nem durou um segundo…

Tu: que nunca foste de dar nas vistas; que sempre quiseste procurar a sombra; e sempre te esquivaste às luzes da ribalta que procuram exemplares únicos de beleza na natureza, como é o teu caso…
Logo agora tinhas de vir reclamar atenção, mesmo que sem intenção e sem ser por vontade própria… e eu tive de procurar forças onde já não as tinha, tive de fazer de conta que não ouvia o que se passava ao meu redor, fazer de conta que as lágrimas que te corriam pela face não faziam nascer em mim muitas mais que derramava por dentro. E mais não pude fazer que admitir a minha total impotência e inutilidade, enquanto alguém curava as tuas feridas e as minhas aumentavam a um ritmo exponencial, num silencio que forcei a mim mesmo...

Logo hoje tinhas de te dirigir a mim, fazendo de conta que por momentos sabes que eu existo…


Não há vitorias morais… afinal, ainda não ganhei nada… nem podia… nunca deixarias.




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