sexta-feira, setembro 08, 2006

Daltonismo, a quanto obrigas


Nas cores do teu olhar

Adoro o azul dos teus olhos.
Isto apesar de não saber se são azuis.
Mas no azul que eu não sei se os teus olhos têm
consigo ver o mar calmo e sereno
que convida a nos banharmos nele.
No azul que eu não sei se os teus olhos têm
vê-se o azul de um céu limpido a perder de vista
onde os sonhos nascem
e onde os desejos crescem sem pudor.

Adoro o verde dos teus olhos.
Apesar de não saber se são verdes.
Mas no verde que não sei se os teus olhos têm
encontro florestas repletas de vida e alegria
que a natureza nos oferece.
No verde que não sei se os teus olhos têm
há a esperança que se recusa a morrer
e que dá força a uma humanidade
para lutar por aquilo que merece ser lutado.

Adoro o castanho dos teus olhos.
Sem saber se são castanhos.
Esse mesmo castanho,
que para alguns pode não ser a cor mais bonita,
nos teus olhos ganha contornos sublimes.
Esse castanho que guarda no fundo
todas as cores numa só,
apenas para quem as souber apreciar no teu olhar.
Esse castanho que guarda mundos
e aventuras e paisagens deslumbrantes
para quem os souber apreciar.

Não sei ver as cores,
mas adoro todas as cores dos teus olhos,
sem saber ao certo que cores são...

.................Nelson Gonçalves (08/09/2006)






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