quinta-feira, agosto 16, 2007

(com)correntes


A distancia avassaladora a que fomos votados tem tendencia a tornar-se epilogo de um livro que não se chegou a escrever. O coração fica feito pedra e o sangue não é mais que areia que me vai corroendo as veias, à sua passagem. Tudo em mim parece querer gritar por misericordia... mas o silencio mantém-se... impune, imutavel e intransponivel. Não deixo de pensar se esta distancia não será uma espada encostada a mim e se terei forças de a fazer trespassar-me o peito.
Agora, nem nos sonhos essa distancia se desfaz e a barreira invisivel que nos separa é manhã que derrota a noite exausta.

Juntos faziamo-nos fortes. As montanhas faziam-se pequenas e os rios encontravam os seus destinos em direcção ao mar.
Juntos faziamos os sonhos cor-de-sorriso tornarem-se realidade. Apagavamos os holofotes do esquecimento e o tempo das maravilhas voltava a pulsar.

Juntos... até fazia sentido.




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