Hábitos que não se ganham
Jogo de esconder
Hoje não me apetece fingir
que me és indiferente,
que não despertas em mim
um acelerar da pulsação
ou que fazes com que eu queira ser
algo melhor do que realmente sou.
Este jogo de crianças em que,
de falso sorriso enfeitado na face,
piso os meus próprios sentimentos,
como se fossem folhas secas de Outono
deitadas ao chão fora de tempo
e o seu irremediável estalar crepitante
fosse origem de alegrias extemporâneas…
…perdi a vontade desse jogo infantil
em que finjo ter a certeza
que não te sou indiferente.
(Nelson Gonçalves........... 14/08/2011)
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