quarta-feira, agosto 31, 2005

De volta à Bic



Sobre a musica que coloquei no "toca-discos" já falei o que tinha a falar aqui neste post ... A imagem acima é a capa do CD onde se pode encrontrá-la.
A página oficial da "menina" é esta.
Para quem não conhece a musica, aconselho vivamente. Quem conhece e gosta, é sempre uma boa oportunidade para ouvir, relaxar um bocado e pensar nas coisas boas da vida. Quem conhece e não gosta... pois, eu não os obrigo a carregar no play...
A mim, arrebata-me cada vez que a oiço e a letra... bem, a letra diz tudo, só por si... é, simplesmente... pois... faltam-me as palavras para adjectivá-la.

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Correndo por gosto


Começaram hoje os treinos para a nova época de futsal que se avizinha… Como era de se esperar do primeiro treino, estou de rastos, cansado e cheio de dores. Voltei para casa com uma sensação agridoce, por um lado porque estava bem melhor fisicamente do que estava à espera, em termos de mobilidade. As diabruras de um Verão pouco dedicado a trabalho físico fazia prever coisas bem piores. Ainda de aspecto positivo foi o facto de me terem corrido bem as coisas, não fiz burrices por aí além e as coisas até me saíram bem, com a bola no pé. Por outro lado, já no fim do treino tive que parar por causa de umas malditas cãibras (afinal o Verão acabou mesmo por pagar o seu preço) que me obrigam agora a andar meio coxo da perna direita. E isso é muito mau para quem ainda tem de lutar por um lugar no plantel, pois é possível que ainda vão haver dispensas…
Mais dois dias seguidos de treinos, descanso na sexta e torneio de 2 dias no fim de semana… mas é como dizem, quem corre por gosto não cansa, e eu até gosto tanto daquilo (como dirão certas e determinadas pessoas, só falta mesmo ter jeito para a coisa).

Como podem verificar, tenho tido muita coisa interessante para escrever aqui… quer dizer, se vermos bem até nem tenho escrito assim muito, e assuntos de escrita… para ter de recorrer ao futsal como assunto, é um bocado mau sinal. O melhor mesmo é voltar às musicas…




sexta-feira, agosto 26, 2005

Frenesim

Frenesim

Esta necessidade de escrever,
ser inferior ao que se pode ver
enquanto as bebedeiras inundam
ideias que entristecem e afundam.

O sangue torna-se num mar revolto,
esperneia nas veias por sobreviver.
Mudo, um grito, pelo mundo solto
fecha os olhos, tentando ver.

Tudo é loucura, incessante frenesim.
Ganhar o céu sem sair do chão
numa dança que nunca tem fim,
onde o tempo se perde em vão.

Tudo é busca de ternura.
Luta que não se pode ganhar.
Enquanto a tempestade dura,
não importa perder, mas sim lutar.

………………(Nelson Gonçalves)




A sombra mais branca da palidez


Esta musica lançada no verão de 1967 pelos Procul Harum é, muito provavelmente, a musica que mais vezes ouvi em toda a minha vida. Mais tarde viria a ser cantada também pela Annie Lennox, mas sem chegar ao sublime do original, na minha humilde opinião. É dificil explicar o fascínio que esta musica desperta em mim, apesar de grande parte ser devido ao instrumental que lhe dá inicio ou que aparece por alturas do refrão. Quanto à letra deixa-se à imaginação de cada um o que quererá mesmo dizer. Eu faço a minha interpretação, outros talvez façam uma diferente.
Todos já devem conhecer, mas se quiserem recordar é só carregar no play.



We skipped the light fandango
turned cartwheels 'cross the floor
I was feeling kinda seasick
but the crowd called out for more
The room was humming harder
as the ceiling flew away
When we called out for another drink
the waiter brought a tray

And so it was that later
as the miller told his tale
that her face, at first just ghostly,
turned a whiter shade of pale

She said, 'There is no reason
and the truth is plain to see.'
But I wandered through my playing cards
and would not let her be
one of sixteen vestal virgins
who were leaving for the coast
and although my eyes were open
they might have just as well've been closed

And so it was that later
as the miller told his tale
that her face, at first just ghostly,
turned a whiter shade of pale

(Whiter Shade of Pale, Procul Harum)

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terça-feira, agosto 23, 2005

Deambulações nocturnas


Toda a vida temera tornar-se naquilo. Toda a vida debatera-se consigo próprio para o evitar. Mas acabou por não conseguir, e era isso mesmo que ele era, um velho solitário, sentado no mesmo banco alto de todas as noites, encostado ao balcão do diminuto bar onde sempre passava o tempo, até se lembrar de ir para a sua casa vazia.
A vida tinha sido algo madastra consigo. Um acidente rodoviário havia levado a sua amada, há muitos anos atrás... dizem que se foi sem sentir nada. A sua filha... há muito que tinha deixado de dar notícias, a não ser um distante telefonema pelo Natal e pelo seu aniversário, que era passado, ano após anos, à beira do lago, no parque da cidade, observando “os pássaros a passearem ou os casais a pavonearem-se” como gostava de pensar para si próprio.
As conversas que mantinha resumiam-se a discutir os resultados do futebol às 2ªs feiras à noite, com o seu barman preferido... o único que ainda o aturava. Nas restantes noites perdia-se no fundo do copo que girava incessantemente sobre o balcão com a ponta dos dedos, ou contava os segundos a passar enquanto batia levemente no copo com a aliança, que ainda e sempre carregava no dedo anelar. Fazia pequenas pausas para beber mais um gole. Era a altura em que levantava a cabeça ligeiramente, fitava as garrafas expostas nas prateleiras, os copos pendurados de cabeça para baixo, bem por cima de si próprio e ao longo do balcão. Abanava ligeiramente a cabeça em desaprovação quando se via no espelho em frente a si.
As mesmas vozes, os mesmos silêncios, as mesmas sombras todas as noites a desfazerem-se em mais um e outro copo. No espelho à sua frente podia decorar as rugas na testa e ao lado dos olhos. Certamente do sol que apanhara em todas as tardes de Primavera ou Verão que passara junto ao lago. Dos olhos até ao queixo uma estranha e inesperada lisura na pele, a esconder o último sorriso que se tinha escapado há já tantos anos, onde não se encontrava uma única ruga que mantivesse registo desse momento.
Fazia-se tarde.
Levantou-se do banco alto e dirigiu-se para a porta de saída, depois de deixar uma nota em cima do balcão.
- Vou indo, Tomé.
- Vens cá amanhã? – perguntou o barman, apesar de saber que ele viria... vinha sempre.
- E para onde mais havia de ir? – respondeu, cabisbaixo, enquanto passava pela porta.

Na manhã seguinte encontraram o seu corpo, num recanto mais escuro da cidade, no caminho habitual que fazia para a sua casa vazia. Dois golpes de navalha tinham lavado a sua alma. Por 2 moedas de euro. Era o que tinha na altura... os delinquentes não acreditaram, e acabou assim.

Encontraram-no sentado no chão, encostado à parede com as mãos sobre as feridas abertas, com um sorriso na face que ninguém conseguia recordar de outros tempos, um sorriso de alguém que finalmente encontrou quem pusesse fim ao seu sofrimento.

Por 2 euros comprara a felicidade.

...................(da autoria de Nelson Gonçalves, 22/08/2005)





segunda-feira, agosto 22, 2005

Me iven speaka inglish
Tradução: Eu até fala englês





By the power of Greyskull...
ah não, isto é outra coisa

Este sim, é um teste cheio de credibilidade... e eu que até nem gostava do meu cabelo, afinal estive errado estes anos todos.






quinta-feira, agosto 18, 2005

Ainda alguém não conhece?


A ideia que tenho é a de que muita gente desconhece esta musica brilhante da Alanis Morissette (talvez mesmo a melhor dela). Podia-se encontrar no Jagged Little Pill, era uma musica escondida (hidden track) que estava mesmo no fim do cd, uns bons 4 ou 5 minutos depois da ultima musica acabar... quem tivesse paciencia suficiente, ouvia esta obra. Chama-se Your House e é o que se pode ouvir por estas bandas, nesta altura.



I went to your house
Walked up the stairs
Opened your door
without ringing the bell
Walked down the hall
Into your room
where I could smell you
And I shouldn't be here
Without permission
Shouldn't be here...

Would you forgive me love if I dance in your shower?
Would you forgive me love if I laid in your bed?
Would you forgive me love if I stay all afternoon?

I took off my clothes
Put on your robe
Went through your drawers
And I found your cologne
Went down do the den
Found your CD’s
And I played your Joni
And I Shouldn't stay long
You might be home soon
Shouldn't stay long...

Would you forgive me love if I danced in your shower
Would you forgive me love if I laid in your bed?
Would you forgive me love if I stay all afternoon?

I burned your incense
I ran a bath
I noticed a letter that sat on your desk
It said: "Hello love.
I love you so, love.
Meet me at midnight."
And no, it wasn't my writing
I'd better go soon
It wasn't my writing

So forgive me love if I cry in your shower
So forgive me love for the salt in your bed
So forgive me love if I cry all afternoon


(Your House, Alanis Morissette)

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terça-feira, agosto 16, 2005

Midsummer night dream...?



Por vezes o silêncio
sabe a brisa nocturna
à luz do luar,
na companhia perfeita
de quem não sente
a obrigação de falar.

.........Nelson Gonçalves (15/08/2005)




sábado, agosto 13, 2005

O que me vai acordando

Podem acreditar ou não, mas esta é a musica que me acorda todos os dias... sim, o "Samba Pa Ti" do Santana. Nunca me falhou a acordar, e tem o condão de normalmente me fazer acordar sem sobressaltos e menos mal disposto.

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Em tempos idos

Encontrei uma nota que tinha escrito há uns anos atrás... nem a propósito.

"Das coisas que mais detesto é quando me desiludem profundamente, e quando se trata de pessoas que tomo por grandes amigos ainda mais me custa. Não digo que nunca tenha feito isso inconscientemente, e quando se trata de uma ou duas pessoas ainda parece desculpavel. Mas quando se trata de várias pessoas ao mesmo tempo e durante um bom bocado de tempo, quando nos põem de parte em tudo e mais alguma coisa, quando não contam connosco para as coisas que acabam por ficar marcadas na memória, quando só 'servimos' quando lhes dá jeito, dá que pensar... Calha bem. Porque apenas dá mais razão para me isolar. Não que vá fazer grande diferença, porque isolado já me sinto muitas vezes, apesar de não ser por vontade própria. Volto para o isolamento... desiludido, comigo e com mais algumas pessoas, mas que remédio."

Não sei porquê lembrei-me que tinha escrito isto noutros tempos... e lembrei-me de ir procurar. E não é que encontrei? Com o passar dos tempos, certas coisas parece que nunca hão de mudar.




sexta-feira, agosto 05, 2005

Hallelujah

Ainda Jeff Buckley e o seu Hallelujah... pode ser que EU saiba melhor a letra da musica, na próxima visita à Ilha de Tavira.



Well I heard there was a secret chord
that David played and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do ya?
Well it goes like this:
The fourth, the fifth, the minor fall and the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah

Well your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew ya
And She tied you to her kitchen chair
And She broke your throne and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah

Well Baby I've been here before
I´ve seen this room, and I've walked this floor,
You know, I used to live alone before I knew you
And I've seen your flag on the marble arch
And Love is not a victory march
It's a cold and it's a broken Hallelujah

Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah

Well there was a time when you let me know
What's really going on below
But now you never show that to me do ya
But remember when I moved in you
And the holy dove was moving too
And every breath we drew was Hallelujah

Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah

Maybe there is a God above
But all I've ever learned from love
Was how to shoot at somebody who outdrew ya
And it's not a cry that you can hear at night
It's not somebody who's seen the light
It's a cold and it's a broken Hallelujah

Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah
Hallelujah Hallelujah Hallelujah Hallelujah


(Hallelujah, Jeff Buckley)

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