sábado, abril 29, 2006

Outro som

Peter Frampton inconfundivelmente ao seu melhor estilo.
Para mim a melhor musica dele.
Don't Fade Away, do disco duplo Shine On.
Como de hábito, aqui fica também a letra da musica. O botão do play é à direita.


Mine she's blind she's all I need to be at ease
Love light burnt so bright lady you're a fantasy
I play on her emotions
There's no point I don't get no reaction
'Cause she'll leave as she came
And I gave her my name
Serpentine sunshine with you, baby with you

Floating mind you're a kind of candle shadow on the wall
Pisces child running wild weeping willow cries alone
I don't want to replace her
She don't look, she don't look when I face her
Though I treasure the thought
Which could never be bought
Side by side rowing with you, rowing with you

I need your love more than I need you
So please, don't fade away keep you in my view
I can't see - I can't be

I don't want to replace her
She don't look, she don't look when I face her
Though I treasure the thought
Which could never be bought
Side by side rowing with you, rowing with you

Don't fade away, please don't fade away


(Don't Fade Away, Peter Frampton)




sexta-feira, abril 28, 2006

Maçã podre


Foto de tp


Venha ver!! Isto é tudo fruta boa, lá da horta. Não levou produtos nenhuns, é tudo natural!!

O que será que querem dizer com isto? Não levou produtos nenhuns... é para ficarmos a saber que a probabilidade de ter bicho é maior?

Eu farto-me de levar com produtos (medicamentos, gel, shampoo, etc. - tudo produtos) e mesmo assim devo ter bicho...




quinta-feira, abril 27, 2006

Cortando a vida pela raiz



Sinfonia

Sinto-me um peixe em água barrenta
Idade... parece que tenho cinquenta
Queria ser igual a toda a gente
Ser normal, e não diferente

Queria ser uma bela sinfonia
De que toda a gente tivesse inveja
Que se quisesse ouvir todo o dia
O som ideal que o compositor deseja

Mas o meu ser é um som desafinado
Que me persegue em tudo o que é lado
Onde quer que eu vá não consigo fingir
Que é só esse som que eu consigo ouvir

Insanidade frenética, loucura
Pensamentos e ideias fugidias
Porém este sentimento perdura
E persegue-me até ao fim dos meus dias.

....................................Nelson Gonçalves




segunda-feira, abril 24, 2006

O incêndio que me queima


Por vezes dou por mim a pensar que mais vale restringir-me àquilo que parece ser o que me espera.
Por vezes digo a mim mesmo “não penses nisso, não vale a pena, não é para ti”.
E não sei bem explicar porquê.
Talvez seja apenas uma manobra de auto-defesa, para o caso de se tornar mesmo realidade.
Ou talvez seja com o intuito de, na eventualidade de acontecer algum milagre, a surpresa ser bem maior e a felicidade proporcionada seja ainda mais extasiante, mas tenho sérias duvidas que seja este o caso.
Sei que faço isso muitas vezes, principalmente quando não tenho ninguém à volta, e dou por mim a imaginar cenas que parecem simplesmente não ter lugar na minha vida.

Mas depois há aqueles dias em que é suficiente uma conversa, um olhar, um mero sorriso ou simplesmente a forma como a luz brilha na curva de um ombro.
E é como que se abrisse um novo mundo de possibilidades e, acima de tudo, uma nova janela à imaginação trepidante que fervilha na mente.

E o mundo parece ter mais cor, parece ter mais vida, parece melhor...
... mesmo que não venha a ser para nós.

“Não penses nisso, não vale a pena, não é para ti”.




Singela Homenagem


Queria escrever alguma coisa de jeito, hoje... mas duvido que consiga.
Foi um dia diferente, estranho, com muitos quilometros ao volante, boas companhias e momentos dificeis, em que se torna complicado dizer as palavras certas para as piores alturas. Palavras dificeis de se encontrar, porque nenhumas parecem ser suficientes para dar o conforto que sabemos que as outras pessoas devem estar a precisar nesse instante.
E o silencio parece ser o melhor remédio.

Que dizer perante um adeus alheio que parece ser eterno? Que fazer quando nos defrontamos com a pequenez da condição humana, ou perante a grandiosidade que é uma vida e a diferença que essa vida pode fazer para outras pessoas com quem se foram cruzando ao longo da sua existencia...?

Os adeus que mais custam são aqueles que não podem ter resposta.

Infelizmente só existe uma certeza na vida...
...e todos sabemos qual é.




quinta-feira, abril 20, 2006

Senti-me desafiado

Fui desafiado pela BB e decidi responder.
Não só por ter um familiar a trabalhar lá, mas também pela causa em si, apenas mais uma de muitas que merecem a nossa admiração pelo trabalho que desenvolvem.






Associação Algarvia de Pais e Amigos de
Crianças Diminuídas Mentais


A Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais (também conhecida pela sigla A.A.P.A.C.D.M.) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos com sede na baixa de Faro.
Tem como objectivo primordial a reabilitação de jovens em situações de risco ou com necessidades educativas especiais de modo a poder integrá-los na sociedade através da via profissionalizante.

Rua do Compromisso, nº 50
8000-252 Faro
Telefone 289880700
Fax:289803902
email:aapacdm@mail.telepac.pt



Que continuem o excelente trabalho que vão fazendo.




Fantasmas que me habitam



Silencio

O silencio bem pode ser de ouro
E eu bem o queria poder sentir
Esse transcendental tesouro
Que nunca conseguirei ouvir

Sons intermináveis, trepidantes
Impossíveis de interromper
Sinfonias absurdas e constantes
Instrumentos que ninguém consegue ver

Apitos agudos, demasiado incoerentes
Tons desconcertantes, inenarráveis
Notas sem sentidos aparentes
Em musicas por demais desagradáveis

O silencio, a total paz interior
Será que a conseguirei atingir?
Estou disposto a tudo o que for
Para o silencio eu chegar a ouvir.

....................Nelson Gonçalves


...ou o caminho mais curto para a demencia açambarcadora que liberta o espirito empedernido.






quarta-feira, abril 19, 2006

E agora?

Agora?
Queria que alguma coisa fizesse o minimo sentido...


...e nada faz.




Depois da bonança...


Que se faz quando conhecemos uma mulher que tem tudo para ser a nossa alma gémea e sabemos que temos de deixa-la fugir como areia da praia entre os dedos?
Como dizer-lhe que apesar do que se sente, tem de se travar certos impetos e sentimentos que nunca terão espaço ou oxigénio para nascer e crescer?
Como dizer-lhe que deixaremos de lhe atrapalhar a vida, quando o que realmente se deseja é que se vire tudo de pantanas?

Onde é que se vai buscar forças para fazer isto tudo... sem ceder à vontade de desaparecer ou desistir de tudo o resto?
Era tão mais fácil ser estupido e tratá-la mal, apesar de ela jamais o merecer.

Um eremita sem sucesso nunca deixa de voltar à vida social...
...um dia.


Como diziam os Smashing Pumpkins, no Bullet with butterfly wings:
and I still believe that I cannot be saved
...apesar de por uns tempos ter acreditado que podia ser.

(a busca continua, com mais ou menos percalços, porque não se pode ficar à espera do que nunca vai acontecer)





sexta-feira, abril 14, 2006

Sorumbático, talvez...


O silêncio que proporciona uma televisão desligada permite vislumbrar uma ténue tentativa de descanço.
A clara imagem que se espelha na mente traz à lembrança a luminosidade de uma lâmpada apagada, ou de um quarto às escuras... ou de uma cidade em ruínas.
A porta fechada não passa de um sinal de proíbido, onde a solidão passa a ser tão desejada como necessitada, qual oxigénio a correr-lhe por dentro, até aos pulmões. Esfumando-se em nada, cumprindo algum propósito da sua existencia.
As mãos seguram a cabeça como se esta não se aguentasse por si só, com os cotovelos apoiados nos joelhos, sentado na berma da cama.
Os olhos, apontados ao infinito breu do nada, procuram ver na escuridão aquilo que nunca lhe foi mostrado, as tão faladas maravilhas do mundo.

Os ouvidos anseiam por aquilo que nunca ouviu dirigido a si, nem da boca de ninguem nem provocado por outra coisa qualquer. Algo que se assemelhe, ainda que ao de leve, com um “só tu fazes isto tudo ter sentido" ou "és tu a minha razão de ser como sou”...

... mas nada, ninguem ou coisa alguma.

Recusa-se a voltar deixar entrar o mundo.
Se pudesse...
Se conseguisse...
Como se só dependesse de si.
Deita-te e esquece que existe... vida!





quarta-feira, abril 12, 2006

À deriva de um sonho


Hoje passei grande parte do tempo a pensar no passado... nos tempos de infância.
Não sei porquê, houve várias coisas, pequenos detalhes durante o dia que me fizeram pensar nesses tempos. Não havia preocupações, tinha-se tempo para se olhar para tudo, para a natureza e ver como as coisas são belas.
Onde eu vivo, a vizinhança mudou drásticamente. As amendoeiras praticamente desapareceram, e as que ainda sobrevivem com alguma dificuldade já não dão flor como antigamente. Já não produzem o espectacular manto branco da flor de amendoeira que cobria grandes espaços no Algarve. Os campos verdes que existiam nas redondezas deram lugar a prédios e umas quantas casas. Não vejo mais as borboletas, as papoilas, os gafanhotos, ou as margaridas que abundavam no principio da Primavera, nesses tempos.
Passou-me também pela cabeça as loucuras que se fazem quando se é criança, quando não se liga muito à consequência dos actos em si.
As paixonetas de escola, onde se coleccionavam “namoradas”, muitas delas sem saberem sequer que o eram.
Andar às escondidas atrás de uma rapariga, para lhe tirar uma fotografia com a máquina nova, mesmo que de um ângulo em que nem se percebesse quem é.
Telefonemas anónimos a gozar com a vizinhança e ficar a ouvi-los a gritar, do outro lado.
Os bilhetes secretos e anónimos para as raparigas. Trepar às àrvores, brincar aos cowboys (sim, quando ainda não era sinónimo de homossexualidade), fazer corridas de bicicletas, jogar ao quarto-escuro ou ao jogo de esconder.
Algumas dessas coisas não cheguei a fazer...
...nem sei porque me deu para lembrar-me disto, hoje.

Esta noite tive um sonho muito estranho, sei que era uma história muito completa e digna de um filme, e nem me lembro de quase nada. Só uma imagem do final ficou marcada na minha mente.

Um pequeno urso de peluche, a saltar de um carro em movimento, fugindo de um futuro de solidão e desprezo, porque a criança já não quer brincar com ele...

..ou um urso de peluche velho, jogado fora, porque já não serve os seus propósitos naquela familia?




segunda-feira, abril 10, 2006

Perfeição? Não é aqui. Desculpe, foi engano


Perfeição em flor

Trovas repletas de desalento,
Que saiam a voar com o vento
Levadas por pássaros em liberdade
Transportem nas asas a verdade:

Que nem tudo o que luz é ouro
Mas tu brilhas mais que as estrelas,
Serás para sempre o meu tesouro
E as tuas feições são as mais belas.

Se não fosse agnóstico rezava pelo teu amor.
Consegues alterar por completo a natureza,
Mesmo no inverno serás a perfeição em flor
E, não fosses tu, o futuro não seria uma incerteza

Se não te conhecesse, não havia duvida
O futuro seria certo e sombrio
Não seria possível, neste planeta, a vida
Este mundo seria demasiado frio.

...........................Nelson Gonçalves




sábado, abril 08, 2006

Subjugação



Certos dias parecem destinados a nos fazer acreditar que afinal o mundo pode ser um belo lugar para se viver. O Sol volta a brilhar, a temperatura aumenta, permitindo deixar de parte algumas peças de roupa que nos pesam no corpo, que nos prendem os movimentos e os pensamentos.
E sentimo-nos mais leves.
Sentimo-nos com força para encarar o que quer que seja, porque afinal, por vezes o mundo parece belo.
Certos dias têm essa capacidade de nos trair.

E o silencioso, solitário regresso a casa, ao fim da noite, é como uma tremenda bofetada demonstrativa do desprezo a que esse mundo nos mantém subjugado. Porque nos faz acreditar que, por momentos, podemos almejar algo mais, algo ao qual já nos tinhamos convencido que não se destinava a nós, simplesmente porque nem tudo é como desejamos. Por vezes encontramos obstáculos que, por mais que se tente, hão de sempre estar lá, empurrando-nos para o fundo, para o abismo da nossa insignificante existência...

Sim, a felicidade conquista-se, lutando por ela. Mas há obstáculos instransponíveis ao comum dos mortais, que só se ultrapassam atingindo uma transcendência para a qual alguns simplesmente não estão preparados...

...nem sei se algum dia estarão.


Out to get you, os magníficos James, no botão de play, à direita.
E a letra da música, claro.


I'm so alone tonight
My bed feels larger than when I was small
Lost in memories, lost in all the sheets and all old pillows
So alone tonight, miss you more than I will let you know
Miss the outline of your back, miss you breathing down my neck
All out to get you, once again, they're all out to get you, once again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you, I need you

Looked in the mirror, I don't know who I am any more
The face is familiar, but the eyes, the eyes give it all away
They're all out to get you, once again, they're all out to get you
Here they come again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you

Let me breathe, if you'd let me breathe
They're all out to get you, once again, they're all out to get you


(Out to get you, James)






quinta-feira, abril 06, 2006

Desilusão esperada


Uma pequena incursão futebolistica.


Acabou a época para o meu Benfica.
Na taça fomos eliminados contra os 14 de Guimarães.
No campeonato, ou muito me engano ou não passamos do 3º lugar, nem para cima nem para baixo.
Na Liga dos Campeões fomos mais longe do que qualquer um poderia imaginar, só caindo contra a melhor equipa da actualidade, eliminando Man Utd e Liverpool quando tanta gente falava em sofrer goleadas e nem passar da fase de grupos.

O jogo desta noite deu para ver uma coisa: por muito que batalhe e lute, Beto não é jogador para o Benfica, não pode jogar contra estes Halmstads e Artmedias da vida. Até faz doer os pés, vê-lo num jogo de futebol.

Paciencia. Outras desilusões que venham (não ligadas ao futebol, claro).




segunda-feira, abril 03, 2006

Ainda falta muito...?



Olhando para algumas das palavras-chave das pessoas que vêem cá parar (por engano ou não), fico com uma lista no minimo curiosa... tirei a busca a fotos da Isla Mágica e uma busca ao meu nome com um gralha (se calhar foi por isso que vieram cá ter) e reparem só no que se encontra:

- celebridades collants
- fundo dos copos
- ilha de tavira
- cartaz da semana academica
- bebedeiras da ilha de tavira

Podem acreditar... houve gente que veio ter a este antro ao fazer uma busca de uma destas expressões, nos diversos motores de busca.

Que bela ideia que isto dá de mim...
...mas ao mesmo tempo fico a pensar "que saudades do Verão..."

A foto diz tudo...em muitos e muitos aspectos, preciso de um milagre. Ainda falta muito...?

P.S. não, não tenho nenhuma informação sobre o cartaz deste ano da semana académica, infelizmente.





Tá quase, quase lá...

..é isso e as couves começarem a nascer nos tectos das igrejas e as abelhinhas usarem o seu polen para fazerem sangria de borrego.


 
 
 
 
AQUA



You enjoy life, humor, and being exuberant. Wherever you go you usually find yourself stealing the spotlight without even trying. You love to let go and have fun.




Find out your color at Quiz Me!






domingo, abril 02, 2006

O dia em que a cultura ficou condenada

Foi ontem, mas preferi não escrever nada sobre o assunto, para não pensarem que se tratava de alguma partida de 1 de Abril.

Fez ontem 10 anos que desapareceu.
Nas primeiras aparições que lhe vi na televisão ficava sempre a pensar "mas quem é este louco", ou "o homem passou-se". Era tão fora do normalizado pela sociedade e pela televisão da época, que quando o via parecia-me uma pessoa marginalizada do resto, por ser diferente, irrevente, por vezes polémico. E sem a valorização que todo o seu génio merecia.
Terá sido por influencia dos seus curtos recitais na televisão que me nasceu o gosto pela poesia.


Fez ontem 10 anos que a cultura portuguesa ficou ferida de morte.

Uma pequena homenagem a Mário Viegas... Pim!





sábado, abril 01, 2006

Para dar um pouco de ritmo



Alguns terão reparado que a frequência de posts baixou um bocadinho. Nada de preocupante, apenas não tenho tido grande vontade ou motivo para escrever qualquer coisa.

Esta musica descobri há pouco tempo. É um pouco diferente das que habitualmente ponho aqui, é mais mexida. Também não quererá dizer muito mais que isso, que também gosto de musicas mexidas e recentes, ao contrário do que poderiam imaginar aqueles que não me conhecem no dia-a-dia.

Chama-se Mardy Bum e se pode encontrar no disco Whatever People Say I Am, Thats What I’m Not, dos Arctic Monkeys.
A letra aí está e o botão do play é à direita.


Now then Mardy Bum
I see your frown
And it's like looking down the barrel of a gun
And it goes off
And out come all these words
Oh there's a very pleasant side to you
A side I much prefer

It's one that laughs and jokes around
Remember cuddles in the kitchen
Yeah, to get things off the ground
And it was up, up and away
Oh, but it's right hard to remember
That on a day like today when you're all argumentative
And you've got the face on

Well now then Mardy Bum
Oh I'm in trouble again, aren't I?
I thought as much
Cause you turned over there
Pulling that silent disappointment face
The one that I can't bear

Can't we laugh and joke around
Remember cuddles in the kitchen
Yeah, to get things off the ground
And it was up, up and away
Oh, but it's right hard to remember
That on a day like today when you're all argumentative
And you've got the face on

Yeah I'm sorry I was late
Well I missed the train
And then the traffic was a state
And I can't be arsed to carry on in this debate
That reoccurs, oh when you say I don't care
Well of course I do, yeah I clearly do!

So laugh and joke around
Remember cuddles in the kitchen
Yeah, to get things off the ground
And it was up, up and away
Still it's right hard to remember
That on a day like today when you're all argumentative
And you've got the face on

(Mardy Bum, Arctic Monkeys)






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